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Mutum-do-nordeste

Mutum-do-nordeste

Classificação Científica
Reino:     Animalia
Filo:     Chordata
Classe:     Aves
Ordem:     Galliformes
Família:     Cracidae
 Rafinesque, 1815
Espécie:     P. mitu
Nome Científico
Pauxi mitu
(Linnaeus, 1766)
Nome em Inglês
Alagoas Curassow

Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
Extinta na Natureza

Mapa de registros da espécie mutum-do-nordeste (Pauxi mitu)

Cidades onde os observadores  registraram ocorrências da espécie mutum-do-nordeste (Pauxi mitu). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

O mutum-do-nordeste é um galliforme da família Cracidae. Conhecido também como mutum-de-alagoas, mitu e mutu.

**Extinto na natureza, restando apenas alguns exemplares em cativeiro**

Atualmente encontra-se extinto na natureza, em conseqüência do desmatamento e da caça predatória. Trata-se de um dos primeiros casos de extinção de uma ave em nosso País devido à intervenção humana. Restaram apenas alguns exemplares em um único aviário localizado no Rio de Janeiro (criatório Nardelli), os quais foram capturados em Alagoas, de 1976 em diante. Em 1979 a espécie chegou a contar com apenas cinco exemplares em cativeiro. Graças a um trabalho de reprodução desenvolvido pelo zoobotânico Mário Nardelli, no Rio de Janeiro, o número de indivíduos aumentou para 44. Em agosto de 1999, o criatório de Nardelli fechou por dificuldades financeiras e 24 exemplares que viviam ali foram enviados, com a autorização do Ibama, à Crax – Sociedade de Pesquisa da Fauna Silvestre, localizada em Contagem, MG. Neste momento os esforços da ONG a transformaram em uma das grandes responsáveis pela perpetuação da espécie. Hoje já existem cerca de 100 aves na Crax. A única chance de evitar sua definitiva extinção é reproduzi-lo em cativeiro e reintroduzi-lo na natureza, em áreas protegidas. Infelizmente em sua área de ocorrência ( Mata Atlântica de Alagoas e Pernambuco) existem poucos remanescentes de mata e estes poucos trechos sofrem ainda grande pressão de caça pelos moradores da região. Outra grande ameaça a essa espécie é a consanguinidade, pois os exemplares restantes são parentes próximos. Artigo de JAN 2017 sobre a conservação em cativeiro e reintrodução da ave: http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/01/09/a-gaiola-que-salva/

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (espanhol) pauji = termo usado pelos primeiros colonos na América tropical para definir uma variedade de grandes aves; e do (tupi) mutú, mitú, mutum = grande pássaro preto. ⇒ Grande pássaro preto.

Mede cerca de 83 centímetros de comprimento e pesa entre 2,75 a 3,0 quilogramas.

Características

Consta que se alimenta de frutos (Eugenia sp. e Phillocantus sp.), caídos no solo, sob as fruteiras.

Alimentação:

Reprodução: 

Seu habitat natural é a Mata Atlântica densa, onde vivia no chão.

Hábitos: 

Distribuição Geográfica

Originalmente estava presente na Mata Atlântica de Pernambuco e de Alagoas (tabuleiro do Nordeste) até 300 metros de altitude. A espécie foi relatada por Marcgraff no século XVII e redescoberta em 1951 pelo ornitólogo Olivério M. O. Pinto em São Miguel dos Campos, estado de Alagoas. Os últimos registros em campo datam de 1978, 1984 e 1987. A destruição do seu habitat para o plantio de cana de açúcar e a caça (muito arraigada na cultura nordestina) determinaram sua extinção.

Referências

Em 1978, um ninho foi encontrado em árvore, a média altura, oculto pela folhagem. Em cativeiro, a postura, em geral, é de 2 ovos e a fêmea começa a botar ovos a partir dos 3 anos.

Todos os direito reservado a ong greenday - Pernambuco - Brasil - Site montado pelo ambientalista e pesquisador Luiz Florentino

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