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MATA ATLÂNTICA E O CICLO DA VIDA
RÉPITEIS
ANFÍBIOS
INVERTEBRADOS
PEIXES
FUNGOS

APRESENTAÇÃO

A Mata Atlântica não pode mais ser considerada simplesmente como bem de consumo ou como fonte geradora de riqueza. Há apenas 500 anos este ecossistema abrangia uma grandiosa área, entretanto as insensatas ações humanas reduziram-no a menos de 7% de sua extensão original.

 

Deparamo-nos hoje com uma crise que ameaça a todas as formas de vida. O homem vem provocando o esgotamento dos recursos naturais e deteriorando as últimas áreas preservadas, o que torna a vida na Terra insuportável. A Mata Atlântica vem sendo destruída de maneira acelerada nos últimos 50 anos para dar lugar à expansão da agricultura, reflorestamentos, agropecuária e exploração imobiliária. Mananciais hídricos estão sendo degradados por esgotos, agrotóxicos, resíduos domésticos e industriais. Tudo em busca do lucro fácil, sem compreender que a conta que ficará para as gerações futuras.

 

O ser humano ainda resiste a toda essa destruição, porém já possível perceber sinais de enfraquecimento. O sofrimento das populações afetadas pela falta d’água em períodos de estiagem é apenas um exemplo da fragilidade do ser humano e demonstra claramente que nossa geração já está pagando um preço muito alto pelos erros cometidos no passado. Mas há uma diferença: no passado, não tínhamos tanta noção das conseqüências da devastação como temos hoje.

 

É preciso parar e refletir sobre todas essas ações. O que pretendemos deixar para as futuras gerações? Estamos sendo éticos ao destruir tudo, não deixando nada para elas? Temos o direito de negar a vida a toda essa fantástica biodiversidade do mundo tropical? Temos o direito de deixar para as gerações futuras um planeta arrasado? Está em nossas mãos não apenas a conservação das últimas áreas da mais exuberante floresta tropical do planeta, mas o destino de nossa própria espécie.

 

Esta cartilha tem como objetivo principal informar à comunidade sobre a importância de conhecer a Mata Atlântica da região, seus ecossistemas e toda sua biodiversidade para aprender a valorizar esse admirável patrimônio, essencial para a vida de todos.As fotos aqui apresentadas foram feitas na região, recentemente. Algumas imagens são belas, mas outras, nem tanto. É muito triste constatar que estas imagens de cenários de destruição foram as mais fáceis de se obter.

 

 

INTRODUÇÃO

A Mata Atlântica corresponde a uma estreita faixa de florestas ao longo da costa brasileira, estende-se desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.Considerada um dos mais importantes ecossistemas do mundo, a Mata Atlântica protege e regula o fluxo dos mananciais hídricos que abastecem as principais metrópoles do País e centenas de cidades, controla o clima local, garante a fertilidade do solo e a extraordinária beleza de suas paisagens, sobretudo nas regiões da serra do Mar, é um forte atrativo para atividades de ecoturismo.Suas florestas exibem uma grande diversidade de espécies vegetais e animais, muitos deles endêmicos, isto é, que existem apenas neste ecossistema. Infelizmente estas espécies da flora e fauna encontram-se sob constante ameaça de extinção.Conhecido nacional e internacionalmente por suas belíssimas paisagens e pela rica biodiversidade, este ecossistema é considerado, hoje, um dos mais ameaçados.Sua área original, antes grandiosa, encontra-se restrita a alguns remanescentes já bastante fragmentados, vestígios do ecossistema original, que embora aparentemente protegidos pela topografia acidentada da serra do Mar, continuam sendo destruídos para reflorestamento de espécies exóticas (pinus e eucalipto), atacados pela extração ilegal de palmitos e sua fauna vem sendo dizimada por caçadores, o que em curto espaço de tempo, pode levar a seu completo desaparecimento.O futuro da mata Atlântica depende da preservação dessas áreas remanescentes, permitindo assim a manutenção da qualidade da vida humana.

Restam apenas fragmentos, vestígios do que foi esta majestosa floresta tropical, em áreas de difícil acesso. Estas barreiras naturais salvaram, por enquanto, essas áreas da ação predatória do homem como mostra esta imagem da serra do Mar, em Corupá (SC). Contudo, essas barreiras naturais não impedem a ação criminosa de caçadores e palmiteiros.

CARACTERIZAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

Pode-se imaginar a Mata Atlântica como sendo estruturada em camadas. Cada uma destas camadas pode ser um hábitat específico para determinadas plantas e animais.

O tronco das árvores, normalmente liso, só se ramifica bem no alto para formar a copa, que nas árvores mais altas tocam-se umas nas outras, formando uma massa de folhas e galhos. Esta parte vem a ser o camada superior, conhecida também como dossel. O bugio e o tucano são exemplos de animais que ocupam essa camada. A maioria das espécies de bromélias e orquídeas que necessitam de uma maior quantidade de luz também ocupam essa camada.

 Uma das aves que preferem ocupar a camada do dossel da floresta Atlântica.

 A maioria das espécies de bromélias ocupa a copa das árvores para receber mais luz do sol.

Em uma parte mais baixa, nascem e crescem arbustos e pequenas árvores tais como bambus, samambaias gigantes (xaxins), liquens e outras espécies, que toleram menos quantidade de luz. Esta parte constitui-se no que se chama de sub-bosque. A maioria das espécies de aves ocupa essa camada da floresta.

Sub-bosque: constituído por um grande número de espécies de plantas de pequeno porte, que são adaptadas para viver em ambientes que recebem pouca luz solar.

Casca-de-anta ou baga-de-tangará: planta (arbusto) típica do sub-bosque.

É importante ressaltar que tanto nas árvores mais altas como nas mais baixas, encontram-se várias outras espécies de plantas, tais como cipós, bromélias e orquídeas.

 

As folhas que caem das árvores, bem como os galhos secos que se desprendem e os troncos das árvores que morrem vão se acumulando no chão da floresta e criam um ambiente muito especial, que se constitui no hábitat para muitos animais e microorganismos, como fungos e bactérias, que são os principais responsáveis pelo processo de decomposição de toda esta matéria morta, que são transformados em nutrientes para manter o vigor e crescimento das árvores e outras plantas. Esta camada de materiais em decomposição recebe o nome de serapilheira.

 

A serapilheira tem também uma importante função de proteger o solo da floresta: evita a erosão e mantém a umidade. O solo úmido absorve melhor a água das chuvas, o que torna possível a recarga do lençol freático, evitando que as nascentes sequem.

 

Certas espécies de répteis e anfíbios têm uma adaptação especial para ocupar esta camada da floresta: apresentam uma coloração que se confunde com o ambiente das folhas secas, tornando-se assim “invisíveis”. É uma estratégia de defesa contra ação de predadores.

Serapilheira: camada de folhas, galhos e troncos no chão da floresta, em decomposição, o “adubo” da floresta. É o hábitat de muitas espécies da fauna como o sapo-boi-da-serra-do-mar (Proceratophrys subguttata) que possui uma adaptação especial para viver neste ambiente sem ser facilmente notado por predadores: a coloração de sua pele se confunde muito com as folhas secas.

Projeto de Lei da Mata Atlântica, que regulamenta o uso e a exploração de seus remanescentes florestais e recursos naturais, tramitou por 14 anos no Congresso Nacional e foi finalmente sancionado pelo presidente Lula em dezembro de 2006.

O Brasil já tem mais de 1.100 RPPNs reconhecidas, sendo que mais de 760 delas estão na Mata Atlântica. Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica. 

O Brasil já tem mais de 1.100 RPPNs reconhecidas, sendo que mais de 760 delas estão na Mata Atlântica. Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica.

Vivem na Mata AtlânticaMais de 20 mil espécies de plantas, sendo 8 mil endêmicas;

270 espécies conhecidas de mamíferos;

992 espécies de aves;

197 répteis;

372 anfíbios;

350 peixes.

Benefícios

Sete das nove bacias hidrográficas brasileiras;

Regulagem do fluxo de mananciais hídricos;

Controle do clima;

Fonte de alimentos e plantas medicinais;

Lazer, ecoturismo, geração de renda e qualidade de vida.

Pressão sobre a Mata Atlântica

Habitada por mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios, equivalente a 72% da população brasileira;

Extração de pau-brasil, ciclos econômicos de cana-de-açúcar, café e ouro;

Agricultura e agropecuária;

Exploração predatória de madeira e espécies vegetais;

Industrialização, expansão urbana desordenada;

Poluição.

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