




Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Accipitriformes
Família: Accipitridae
Vigors, 1824
Espécie: H. harpyja
Nome Científico
Harpia harpyja
(Linnaeus, 1758)
Nome em Inglês
Harpy Eagle
Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
Quase Ameaçada


Mapa de registros da espécie gavião-real (Harpia harpyja)
Cidades onde os observadores da Greenday registraram ocorrências da espécie gavião-real (Harpia harpyja). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos e matas da região.

Distribuição Geográfica
Ocorre em quase todo território nacional.


Gavião-real
Ameaçada de extinção
O gavião-real é uma ave accipitriforme da família Accipitridae.
É conhecido também como gavião-de-penacho, guiraçu (uirá, guirá = ave, açu = grande), hárpia e uiraçu.
Embora não seja a maior das aves predadoras do planeta, é tida como a mais forte. Possui bico potente e suas guarras são maiores que as do urso pardo americano, suas pernas tem a grossura de um punho de um homem adulto.
Tem um crescimento populacional muito lento. Este fato, associado à destruição de grandes áreas florestais e à caça indiscriminada, torna a espécie ameaçada de extinção em nosso País.
Projeto de Pesquisa e Conservação
Projeto Gavião-real: Criado em 1997 pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com atividades de pesquisa, o projeto busca proteger o gavião-real de suas principais ameaças: a caça e o desmatamento. Projeto de Monitoramento do Gavião-real: Criado em 2012 pela Secretaria de Meio Ambiente de São Geraldo do Araguaia, o projeto busca proteger os ninhos de gavião-real mapeados na região com atividades de sensibilização ambiental e pesquisa. Projeto de Monitoramento de Harpia no Parque Nacional Serra da Bodoquena (PNSB) e entorno no ambito das atividades da Fundação Neotrópica do Brasil (FNB) realiza além de pesquisas, educação e sensibilização ambiental com as comunidades do entorno do PNSB.
A despeito do tamanho e da força, o gavião-real é frágil. Reza a lenda na floresta que a ave de garras afiadas ataca pessoas e come crianças, o que estimula a matança. O avanço da fronteira agrícola e da retirada de madeira para a venda é outro fator de risco, uma vez que a espécie precisa de grandes áreas preservadas para sobreviver e só entrelaça o ninho nas árvores mais ascendentes. Para resguardá-la, não resta outro caminho que não a conscientização.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (latim) harpë = ave de rapina, provavelmente uma ave mítica, harpuiai harpias que era metade abutre e metade mulher. ⇒ Harpia - ave de rapina. Este nome na concepção original Vultur harpyja (Linaeus, 1758) é o segundo nome criado na nomenclatura aviária.
É uma águia enorme, a mais poderosa do planeta! Mede entre 90 e 105 centímetros de comprimento e apresenta uma envergadura de mais de 200 centímetros. Ambos os sexos são semelhantes, mas a fêmea é bem maior. Seu peso varia entre 4 e 4,8 quilogramas para o indivíduo do sexo masculino e entre 7,6 e 9 quilogramas para indivíduos do sexo feminino.
Os adultos apresentam partes superiores na cor cinza escuro. As asas são largas, relativamente curtas e arredondadas. A cauda longa é barrada de branco e apresenta a ponta arredondada. As partes inferiores são brancas, com exceção de uma faixa cinza escura no peito. As coxas são brancas finamente barradas de preto. A cabeça é cinza, mais pálida do que as demais partes superiores, com uma coloração cinzenta conspícua. Apresenta uma bela crista erétil com penas de diferentes tamanhos na porção occipital da cabeça. O bico em forma de gancho é robusto e de coloração cinza escura e apresenta a cere cinza escura quase preta. Os olhos são marrom escuros. Pernas e pés são amarelos. Os pés são fortes e equipados com longas garras negras.
O Imaturo precisa de 4 a 5 anos para alcançar a plumagem adulta. E para cada plumagem anual o jovem apresenta pequenas variações na coloração da plumagem, no número e na largura das barras da cauda. Os imaturos mais jovens com plumagem do primeiro ano apresentam plumagem geral de coloração cinza claro e branco, esta plumagem torna-se mais escura a cada ano até atingir a plumagem do indivíduo adulto.
Características
Subespécies
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).
Alimenta-se de animais grandes, como a preguiça-real, mutuns, coatás, macacos-prego e guaribas, filhotes de veados, araras-azuis, seriemas, tatus, cachorro-do-mato, iguanas e cobras. É rápido e forte em suas investidas, sendo capaz de arrancar preguiças agarradas a galhos de árvores. Há relato da captura de um macho de guariba que pesava em torno de 6,5 kg.
Alimentação:
Faz ninho no alto das árvores maiores, como sumaumeiras e castanheiras, de onde observa tudo ao redor. O ninho, tão grande quanto o de um tuiuiú, é construído com pilhas de galhos. Põe 2 ovos cinza-esbranquiçados entre setembro e novembro, os quais pesam em torno de 110 g e têm período de incubação de 52 dias. Geralmente apenas um filhote sobrevive podendo ocorrer cainismo, levando cerca de 5 meses para voar, e de 2 a 3 anos para se tornar adulto, dependendo dos cuidados dos pais por um ano ou mais. A espécie não se reproduz todos os anos, pois necessita de mais de um ano para completar o período reprodutivo.
Espécie rara, habita florestas primárias densas e florestas de galeria. Vive solitário ou aos pares na copa das árvores. Apesar do seu tamanho, é bastante ágil e difícil de ser visto.
Reprodução
Hábitos
Presente no Brasil em regiões florestais remotas, sobretudo na Amazônia, ou em áreas protegidas, como reservas de Mata Atlântica. Existem registros também para o cerrado e pantanal. Encontrado também do México à Argentina.
Distribuição Geográfica
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Portal Brasil 500 Pássaros, Gavião-real - Disponível em http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1birds/p52.htmAcesso em 14 mai. 2009
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Revista Época, A Rainha da Floresta, Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI116148-15228,00-A+RAINHA+DA+FLORESTA.html, Acesso em: 18 jan 2010.
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Consulta bibliográfica sobre subespécies:
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CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
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ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
Referências
gavião-real macho

Predadores

gavião-real fêmea

gavião-real se alimentando
Casal de gavião-real

O único predador desta especie é o homem destruindo a natureza.

gavião-real jovem


Ninho de gavião-real
Filhote de gavião-real