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Tietê-de-coroa

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           Tietê-de-coroa

Classificação Científica
Reino:     Animalia
Filo:     Chordata
Classe:     Aves
Ordem:     Passeriformes
SubOrdem:     Tyranni
Parvordem:     Tyrannida
Superfamília:     Tyrannoidea
 Vigors, 1825
Família:     Platyrinchidae
 Bonaparte, 1854
Espécie:     C. cristata
Nome Científico
Calyptura cristata
(Vieillot, 1818)
Nome em Inglês
Kinglet Calyptura

Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
             Em Perigo Crítico

Mapa de registros da espécie tietê-de-coroa (Calyptura cristata)
Cidades onde os observadores não registraram ocorrências da espécie tietê-de-coroa (Calyptura cristata). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

Distribuição Geográfica

 

Ameaçada de extinção

O tietê-de-coroa é uma ave Passeriforme da família Platyrinchidae. É a única do Gênero Calyptura.
Tradicionalmente era considerado parte da família Cotingidae , até que os estudos mais atuais o colocam como um Tyrannidae , enquanto outros o consideram um Incertae sedis.

É uma espécie rara e em função de seu pequeno porte e de seus hábitos discretos existe a possibilidade de que possa passar despercebida aos observadores de aves (SILVEIRA, 2008).

Ameaçada de extinção no Brasil. Lista oficial do IBAMA. Tamanho populacional reduzido ou em declíneo com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 50 por cento em 10 anos ou 3 gerações.

Essa espécie foi declarada extinta após ter passado mais de 100 anos, no decorrer de todo o século XX, sem nenhum tipo de registro que mostrasse sinais de sua existência. Mas, para a surpresa de biólogos, ornitólogos e observadores de aves do Estado do Rio de Janeiro - Brasil, em outubro de 1996 ela voltou a aparecer e foi observada durante vários dias por uma equipe de biólogos do Rio de Janeiro, na encosta da Serra dos Órgãos nos arredores do município de Guapimirim/RJ, em um lugar de difícil acesso conhecido como “Buraco da Sunta”,na época só foi observado um (1) indivíduo da espécie, mas infelizmente não houve a possibilidade de registros fotográficos ou gravações de vídeo. Desde essa ultima aparição da ave “Calyptura cristata”, mais nenhum novo registro foi confirmado, apenas rumores também não confirmados, de “ela” ter sido avistada em um lugar conhecido como “Mata da Folha Seca”, nos arredores da cidade de Ubatuba no litoral norte de São Paulo-Brasil.

Taxonomia

Este gênero monotípico é motivo de divergências entre as classificações , Clement’s Checklist v.2015 o coloca entre os Cotingidae; o Congresso Ornitológico Internacional (IOC) o coloca entre os Tyrannidae e o South American Classification Committee (SACC) o mantém como incertae sedis enquanto aguarda uma proposta com base em estudos genéticos recentes de Ohlson et al (2012), que indicam que esta espécie é um verdadeiro Tyrannidae, junto com Platyrinchus e Neopipo. Posteriormente , os amplos estudos genético-moleculares de Ohlson et al. (2013) propuseram dividir os Tyrannidae em 5 famílias , entre as quais a Platyrinchidae (Bonaparte, 1854), agrupando a três gêneros : Calyptura, Neopipo e Platyrinchus . O Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) e AviBase preferem manter o gênero entre os Platyrinchidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) kaluptö = coberto, cobrir; e de oura = cauda; e do (latim) cristata = com crista, com topete. ⇒ (Ave com) crista (que tem a) cauda coberta. A palavra Caliptura refere-se a cauda curta desta ave.

Ave muito pequena , mede apenas 7,6 cm . Por cima é verde oliva brilhante com uma crista vermelho-alaranjada margeada de preto . A frente e as coberteiras superiores da cauda são amarelas , as asas e a curta cauda são negras , tendo as asas duas notórias faixas brancas . Por baixo é majoritariamente amarelo brilhante . Sua morfologia e sua plumagem são muito similar aos representantes europeus da família Regulidae , porém não existe nenhuma relação filogenética . Se trataria no entanto de um exemplo de convergência evolutiva

Voz: Ainda não possui registros , consta que a voz é formada por notas aguda. Chamado breve, rouco e forte (Descourtilz, 1852).

Características

Subespécies

Monotipica, não possui subespécies.

É provável que se alimente de pequenas frutas , sementes e insetos. As observações de 1996 sugerem que pode ser um especialista em visgo (Viscum sp.)

Alimentação:

Hábitos reprodutivos…

Pouco se sabe sobre os seus hábitos, apenas que é um pássaro discreto, que vive aos casais e que está sempre em movimento na vegetação do dossel à média altura na beira da mata, evitando expor-se na copa das árvores de florestas úmidas em altitudes de até 900m.

Esta ave, tímida e inconspícua , é provavelmente fácil de ser observada, empoleirando nas galharias onde explora ativamente os blocos de bromélias, aparentemente evitando as copas.

Reprodução

Hábitos

É endêmico de uma pequena área na região serrana de mata atlântica do norte do estado do Rio de Janeiro . Aparentemente, seu habitat se restringe a bosques de formações montanhosas entre os 400 e os 900 metros de altitude , mas tolera habitats secundários ( o registro de 1996 foi em um crescimento secundário ). Entretanto , os crescimentos secundários suportam muito menos plantas epífitas e bromélias ( que retém quantidades de água suspensa que alteram significativamente o microclima dentro da mata) , desta forma, grandes áreas de mata secundária seriam inconvenientes para a espécie . Se suspeita que realize movimentos altitudinais sazonais , o que poderia explicar a falta de registros depois de 1996 na Serra dos órgãos.

Distribuição e Habitat

  • Foi classificado como “CR” (criticamente ameaçado de extinção) pela IUCN , devido que sua população mínima é estimada em 50 indivíduos e conhecida por apenas uma localidade depois de mais de 100 anos sem registros confirmados , é provável que continue a declinar devido a extensa perda e fragmentação de seu habitat dentro da sua já pequena zona de distribuição. Em meados do Século IXX , coletas de indivíduos e registros de avistamentos não eram tão difíceis, inclusive em habitats secundários . Entretanto , ainda que houveram vários rumores e relatos não confirmados ,a espécie não foi registrada durante quase todo o Século XX , até que duas aves foram observadas na Serra dos órgãos durante vários dias em Outubro de 1996 , à partir do descobrimento por Ricardo Parrini . Houveram registros não confiáveis da espécie depois de 1996 (apesar das buscas na reserva ecológica Guapiaçu) feitos na região de Teresópolis, na Serra do Mar em Ubatuba-SP , e entre Nova Friburgo-RJ e Sumidouro-RJ de Setembro a Novembro de 2006, quando se investigaram vários relatos não confirmados. Um espécime coletado supostamente em algum lugar do estado de São Paulo , entre Maio de 1819 e Abril de 1820 , foi descoberto no Museum für Naturkunde de Berlin em 2007 , o que extende a área sobre a qual a espécie pode haver ocorrido , ao menos anteriormente . Em um destes relatos de observação não documentados , Tomas Sigrist descreve haver observado em Julho de 1990 , em Picinguaba , Ubatuba-SP , dois indivíduos de Calyptura cristata associados à um bando misto composto por Thraupideos e alguns poucos Tyrannideos de copa , nas sub-copas de uma mata alta, numa encosta íngreme adjacente a um rio encachoeirado .

Estado de conservação

Estado de conservação

  • O desmatamento parece haver levado esta espécie à beira da extinção . Históricamente, a mineração de ouro e pedras preciosas e as plantações de café ocorreram nas áreas onde os espécimes foram inicialmente coletados . Se efetivamente é um migrante de altitude , a falta de matas remanescentes abaixo de 1000 metros pode ser uma ameaça particularmente preocupante , especialmente devido os empreendimentos imobiliários nas bordas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos , particularmente no local onde foi redescoberto em 1996 . A retirada de bromélias , visgo e orquídeas das matas da região podem ameaçar mais ainda a espécie , ao reduzir a oferta de comida, e também por alterar a estrutura do habitat e o microclima.

Ameaças

  • São conhecidos poucos exemplares de Nova Friburgo e dos arredores da cidade do Rio de Janeiro. Descourtilz foi o único que deu algumas informações sobre essa ave que depois ninguém mais conseguiu localizar. Área de ocorrência: um casal encontrado em Guapimirim-RJ, e há também relatos e avistamentos de indivíduos em Ubatuba-SP.

Distribuição Geográfica

Todos os direito reservado a ong greenday - Pernambuco - Brasil - Site montado pelo ambientalista e pesquisador Luiz Florentino

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