



Papagaio-charão

Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Rafinesque, 1815
Espécie: A. pretrei
Nome Científico
Amazona pretrei
(Temminck, 1830)
Nome em Inglês
Red-spectacled Parrot
Estado de Conservação
(IUCN 3.1)

Mapa de registros da espécie papagaio-charão (Amazona pretrei)
Cidades onde os observadores registraram ocorrências da espécie papagaio-charão (Amazona pretrei). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

Santa Catarina
8 Cidade
Total 342
Rio Grande do Sul
13 Cidades
total 145



O papagaio-charão é uma ave psittaciforme da família Psittacidae.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (francês) amazona = nome dado a várias espécies de papagaios tropicais; relativo ao Rio Amazonas, relativo a Floresta Amazônica; e de pretrei = homenagem ao artista suiço e pintor de pássaros do Museu de História Natural de Paris-Jean Gabriel Prêtre (1800–1840). ⇒ Papagaio de Prêtre. ou papagaio de Prêtre, da floresta Amazônica.
É uma das únicas espécies de papagaios do gênero Amazona que apresenta dimorfismo sexual. Os dois sexos tem cor predominante verde, e são diferenciados pela máscara vermelha e espelhos vermelhos da asa mais evidentes no macho, sendo que indivíduos jovens apresentam pouco vermelho. As secundárias e parte das primárias são azuis, sendo que as retrizes são verdes com a extremidade amarela. Nas patas há pequena polaina vermelha. Tamanho médio: 35cm e peso médio: 300g.
Características
Não possui subespécies.
Alimenta-se preferencialmente das sementes da conífera pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Além destas, come os frutos do pinho-bravo (Podocarpus sp.), de guabiroba, guabiju, camboatá, murta, jabuticaba e gemas florais de ipê-amarelo. Da flora exótica, pode alimentar-se de frutos de cinamomo, nêspera, pera, sementes e gemas florais de eucalipto.
Alimentação:



Papagaio se alimentando
Reprodução:
Põe de 2 a 4 ovos , incubados por um período de 22 a 24 dias, uma vez por ano. Nidifica em cavidades de árvores. É nidícola, permanecendo longo período no ninho após a eclosão dos ovos.
Fêmea voando
Fêmea saindo do ninho
papagaio-de-charão fêmea



Hábitos:
A espécie está intimamente associada às florestas com araucárias do nordeste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina durante o período de maturação das sementes do pinheiro-brasileiro, principalmente entre março e julho, quando os pinhões constituem o principal item alimentar dos papagaios. Nos demais meses do ano, contemplando seu período reprodutivo, o papagaio-charão distribui-se por uma ampla área, principalmente no nordeste, centro e sudeste do Rio Grande do Sul. Nesse período, ocupa uma paisagem caracterizada por pequenas formações florestais conhecidas por capões de mato, em meio a áreas abertas, hoje bastante antropomorfizadas, constituídas por campos ou lavouras. Utiliza como dormitório áreas de pinos e eucalipto.



Referências
Ameaçado de extinção
Distribuição Geográfica
Ave típica do sul do Brasil, com ocorrência atual nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


Subespécies
Papagaio-charão adulto
Papagaio-charão jovem

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A captura de filhotes do papagaio-charão para ser comercializado como animal de estimação, é hoje o principal fator responsável pela ameaça de extinção da espécie
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A redução das matas de araucárias, durante as décadas de 20 a 60, diminuiu drasticamente a oferta do principal item alimentar da espécie
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A derrubada das matas nativas e o manejo inadequado dos “capões de mato” têm diminuido a oferta de locais de nidificação para os papagaios
Principais ameaças
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Animal World - disponível em http://www.animalworld.com.br/aves/ver.php?id=5 Acesso em: 30 nov. 2009.
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Forshaw, J. M. & Cooper, W. T. Parrots of the World. Third Revised Edition. Landsdowne Editions, Willoughby, 1989, 672p.
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CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.