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Papagaio-de-cara-roxa

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Classificação Científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Psittaciformes

Família: Psittacidae

 Rafinesque, 1815

Espécie: A. brasiliensis

Nome Científico
Amazona brasiliensis
(Linnaeus, 1758)
Nome em Inglês
Red-tailed Parrot

Estado de Conservação

(IUCN 3.1)

                 Vulnerável

Curiosidades :

Devido ao ”dom da fala”, o papagaio-verdadeiro é muito procurado pelos homens, para servir de ave de estimação. Centenas deles são capturados e comercializados clandestinamente em feiras e mercados.

Mapa de registros da espécie papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis)

Cidades onde os observadores do registraram ocorrências da espécie papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

O papagaio-de-cara-roxa é um Psittaciforme da família Psittacidae. Também conhecido chauá e papagaio.

Categoria/Critério: Ameaçada. Intensa caça coletiva; Destruição do habitat natural. A perda do habitat e as dificuldades encontradas nas tentativas de reprodução em cativeiro tem contribuído grandemente com a redução de sua população. Tráfico.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (francês) amazona = nome dado a várias espécies de papagaios tropicais; relativo ao Rio Amazonas, relativo a Floresta Amazônica; e de brasiliensis = referente ou originário do país do Brasil na América do Sul, brasileiro. ⇒ Papagaio brasileiro. ou papagaio da floresta Amazônica do Brasil. Apesar do nome do gênero Amazona referir-se ao rio ou a floresta amazônica, esta espécie de papagaio tem sua ocorrência restrita ao litoral dos estados do Paraná e São Paulo na região Sul-Sudeste do Brasil.

Este lindo papagaio é um caiçara, verde, testa e loros vermelhos, vértice e garganta arroxeados, lados da cabeça azuis, orla dos olhos encarnada, coberteiras superiores e terciárias chamam a atenção por serem orladas de amarelo, retrizes com pontas amarelo-esverdeadas, sendo as externas com faixas largas subterminais vermelhas e o bico cor-de-chifre.

Observações adicionais: O papagaio pode transmitir doença chamada PSITACOSE, através das fezes e poeira das penas.

Características

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).

Apesar que a populacao de Itanhaem-Mongagua-Peruibe possui uma vocalizacao totalmente diferente. Motivo para estudos futuros… (Bruno Lima, com. pess.)

 Alimenta-se de sementes e frutos.

Alimentação:

papagaio-de-cara-roxa adulto

papagaio-de-cara-roxa jovem

papagaio-de-cara-roxa casal

Papagaio se alimentando

Reprodução: 

Faz seu ninho em ilhas cobertas por floresta na baía de Paranaguá, Paraná. Seu ninho é feito no oco de árvores, onde o casal frequentemente fica junto. Coloca cerca de 4 ovos e os filhotes deixam o ninho após 2 meses, aproximadamente.

Fêmea no ninho

 Fêmea saindo do ninho 

papagaio-de-cara-roxa  fêmea 

Hábitos: 

“Uma das causas que agravam o risco de extinção dessa espécie bem ”caiçara”, é o fato dos A. brasiliensis se reproduzirem sempre na mesma árvore; e quando essa é derrubada, o casal geralmente não procria mais. Diferente de outros Amazona que procuram novos ninhos, aceitando até mesmo tocos ocos e baixos.

Sabendo disso, muitos proprietários de resorts ou “refúgios de fauna silvestre” em todo o litoral paulista e paranaense, normalmente estrangeiros, identificam em suas propriedades voltadas ao “turismo ecológico”, os ninhos de A. brasiliensis e de outros psitacídeos raros (sabiacica, chauá(NE), peito-roxo, cuiú-cuiú e apuim, por exemplos) muito valorizados nos mercados negros de Miami e Amsterdã, e procedem da seguinte forma predatória:

  • Retiram metade dos filhotes dos ninhos (para garantir a “produção” dos anos seguintes), e os enviam ao exterior clandestinamente, faturando bem com isso, através de seus contatos internacionais, os quais muitas vezes se hospedam em seus resorts, como turistas ou birdwatchers.

  • Quando não enviam os filhotes ao exterior, fazem o seguinte “esquema” com criadouros brasileiros oficiais de psitacídeos: Os criadouros enviam anilhas oficiais fechadas aos donos dessas reservas de mata no litoral. Com a ajuda de mateiros, anilham os filhotes nos ninhos. Duas semanas depois, com o crescimento dos filhotes, os anéis não saem mais dos pés; então os filhotes são coletados e enviados a esses criadouros legais, onde são comercializados oficialmente, como se tivessem nascido em cativeiro.

Prática que por vezes causa a perda de muitos filhotes na natureza, pois algumas fêmeas tentam tirar os anéis e acabam quebrando a

pata do filhote, matando-o no ninho.

A reprodução em cativeiro de A. brasiliensis e dos outros psitacídeos citados acima, é difícil e pouco produtiva, mas há criadouros oficiais que anunciam grande número de filhotes dessas espécies para a venda, todos os anos, principalmente de A. aestiva. Muito além da capacidade de reprodução das matrizes domesticadas que possuem. O que por si só, já seria um importante indício para as autoridades ambientais.” 

Ameaçado de extinção

Distribuição Geográfica

Vive na Mata Atlântica do litoral sul de São Paulo e norte do Paraná. Antigamente sua distribuição ia até o norte do Rio Grande do Sul, mas parece que já foi extinto nesse Estado e em Santa Catarina. Os papagaios-de-cara-roxa têm na baía de Paranaguá os últimos redutos de suas populações.

Na Estação Ecológica da Juréia aproximadamente 40 indivíduos são residentes nos mangues e florestas de baixadas. É considerada uma das poucas áreas onde as aves em reprodução não sofrem perseguição de traficantes. A maior população reprodutora em São Paulo está na ilha Comprida, entretanto a captura de filhotes por traficantes é alta. Na ilha do Cardoso, considerada uma das poucas áreas onde a espécie está protegida a população foi estimada em aproximadamente 100 indivíduos. (Martuscelli 1995)

Referências

 

Consulta bibliográfica sobre subespécies:

  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.

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