



Saíra-sapucaia
Ameaçada de extinção
A saíra-sapucaia é uma ave passeriforme da família Thraupidae.
Também conhecida como saíguaçu ou saíra-de-dorso-preto.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (tupi) Tangará = dançarino; ata = andar; e carã = em volta; e de peruviana = referente ao Peru, país da América do Sul. ⇒ Dançarino do Peru. Apesar do nome científico, é uma ave endêmica brasileira. O nome peruviana se deve a um erro onde se confundiu o Peru com o Brasil.
Mede cerca de 15 cm. O macho é uma das saíras mais coloridas possuindo a cabeça, pescoço, crisso e dorso marrons claro, uropígio e coberteiras da asa creme, garganta, peito e barriga verde-água, remiges e retrizes azul claro, bico preto e uma faixa preta que vai do olho ao bico e pernas cinzas. Possui manchas pretas no dorso, isto a diferencia do macho da saíra-preciosa (Tangará preciosa). As fêmeas são menos coloridas só possuem a cabeça marrom claro e o resto do corpo em tons esverdeados. Jovens e filhotes são pardos com asas e cauda esverdeados.
Características

saíra-sapucaia macho

saíra-sapucaia fêmea

saíra-sapucaia jovem
Subespécies
Não possui subespécies.
Alimentação:
Alimenta-se de artrópodes que procura no meio de bromélias e emaranhados de folhas secas.

saíra-sapucaia se alimentando
Reprodução
Tem em média 2 ninhadas por estação com 3 ovos cada uma. Já foi registrada nidificando no interior da bromélia Vriesea rodgesiana, e também em trepadeira exótica em muro, na cidade de Peruíbe-SP. - Bruno Lima, com. pess

Casal de saíra-sapucaia

Ninho de saíra-sapucaia

Filhote de saíra-sapucaia
Hábitos
É habitante das restingas, de matas primárias e secundárias. Durante o inverno, farta-se com os pequenos frutos de Capororoca (Rapanea sp.), além de ocasionalmente frequentar comedouros para aves.
A população residente de saíra-sapucaia habita o litoral de São Paulo até Santa Catarina, e parte dessa população migra durante o inverno, alcançando o litoral norte de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo.
Distribuição Geográfica
Presente nos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (BirdLife International 2000).
É espécie endêmica da Mata Atlântica, tem uma extensão de ocorrência estimada de 75722 km2, e tem como centróide de sua distribuição 23º58’S, 46º05’W (Cordeiro 2001). No limite norte de sua distribuição (RJ) ocorrem deslocamentos sazonais, sua chegada coincidindo com a frutificação da aroeira, Schinus. Em São Paulo é mais comum nos meses frios e neste período registros ocasionais foram feitos mais para o interior. Embora nos meses frios essa espécie apareça em diversas localidades do litoral de São Paulo, as populações do sul do Estado não migram. De Peruíbe para o sul, a espécie pode ser encontrada o ano todo. É dessa cidade, também, o primeiro registro de reprodução dessa espécie - Bruno Lima, com. pess No ES todos os registros foram feitos no inverno austral (BirdLife International 2000). A altitude média de seus pontos de ocorrência foi estimada em 204 m (Cordeiro 2001).
Sua extrema beleza e raridade não são páreos para o avanço dos condomínios de luxo no litoral, “devorando” porções cada vez mais significativas de vegetação litorânea.
Referências
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IBAMA. IN01-03. 24 jan. 2003. p. 6.
-
CENTRO DE ESTUDOS ORNITOLÓGICOS: http://www.ceo.org.br/especies/fichas/Tangara%20peruviana.htm
-
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
SubOrdem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Thraupidae
Cabanis, 1847
Espécie: T. peruviana
Nome Científico
Tangara peruviana
(Desmarest, 1806)
Nome em Inglês
Black-backed Tanager
Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
Vulnerável


Mapa de registros da espécie saíra-sapucaia (Tangara peruviana)
Cidades onde os observadores do WikiAves registraram ocorrências da espécie saíra-sapucaia (Tangara peruviana). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

Distribuição Geográfica
Bahia
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
Paraná
Rio Grande do Sul
Santa Catarina