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Veste-amarela

**Ameaçado de extinção**

 Espécie endêmica do Brasil.
O gravatazeiro é uma ave passeriforme da família Thamnophilidae. Também conhecido como pêga-de-gravatá.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) rhöps = arbusto; e de ornis = pássaro; e de ardesiacus = cor de ardósia. ⇒ Pássaro do arbusto de cor cinza ardósia.

Características

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Classificação Científica
Reino:     Animalia
Filo:     Chordata
Classe:     Aves
Ordem:     Passeriformes
SubOrdem:     Tyranni
Parvordem:     Thamnophilida
Família:     Thamnophilidae
 Swainson, 1824
Subfamília:     Thamnophilinae
 Swainson, 1824
Espécie:     R. ardesiacus
Nome Científico
Rhopornis ardesiacus
(Wied, 1831)
Nome em Inglês
Slender Antbird

Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
                   Em Perigo

Mapa de registros da espécie veste-amarela (Xanthopsar flavus)
Cidades onde os observadores registraram ocorrências da espécie veste-amarela (Xanthopsar flavus). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

            

                      Cidades

Bahia

 

Mede entre 18 e 19 centímetros de comprimento e tem peso entre 23 e 28 gramas. Possui coloração acinzentada (ardósia) e íris vermelha. O macho se diferencia por possuir a garganta negra. Por sua vez, as fêmeas possuem a fronte da cabeça marrom.

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).

Alimenta-se de uma série de invertebrados terrestres, como cupins, grilos e pequenas aranhas, que captura na maioria das vezes revirando as folhas do solo (serrapilheira). Ocasionalmente também procura essas presas no interior de grandes bromélias terrestres conhecidas como gravatás. Mesmo com menor frequência que as espécies do gênero Pyriglena acompanham formigas de correição, onde captura os insetos espantados no solo ou em galhos baixos.

Alimentação:

gravatazeiro macho

gravatazeiro fêmea

Reprodução: 

Os casais possuem um território que pode variar de 0,9 a 2,0 hectares. Costumam defendê-lo de maneira bastante incisiva. Cantam empoleirados a pouca altura e numa posição bem tipica, com a cabeça erguida diagonalmente e balançando o corpo para cima e para baixo. Nessa situação emite seu principal canto, composto por 7 a 9 assobios descendentes. Possui no entanto um repertório variado com pelo menos outras quatro “vozes”, usadas como chamados ou alarme. Nesta última situação, costumam imediatamente adentrar nos emaranhados de gravatás, indicando que a espécie utiliza a planta (bastante espinhosa)como refúgio contra predadores.

Hábitos: 

Distribuição Geográfica

O Gravatazeiro é endêmico do Brasil, ocorrendo numa área restrita de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, sendo esta conhecida em alguns locais como Mata-de-Cipó (devido ao excesso de lianas em seu interior). Outra característica marcante desse ambiente é a presença de grandes bromélias terrestres dos gêneros Ananas e Aechmea, chamados de gravatás que inclusive deram origem ao nome popular da ave. Até o inicio do século XIX esse tipo de ambiente tinha uma extensão no sentido norte/sul de cerca de 300 km do município de Brejões na Bahia até Salto da Divisa no nordeste de Minas Gerais. Com a forte colonização dessa região a fragmentação florestal foi inevitável e as populações remanescentes do gravatazeiro encontram-se isoladas. Em 2005 um grande esforço de mobilização em torno da proteção da espécie foi iniciada no município de Boa Nova, sob coordenação da SAVE Brasil – Sociedade para Conservação das Aves do Brasil. Dentre os vários resultados obtidos destaca-se a adoção da espécie como mascote pela comunidade local e à criação de um Parque Nacional e um Refúgio de Vida Silvestre totalizando cerca de 27000 hectares de áreas protegidas. Apesar desses avanços, o gravatazeiro continua a perder seu habitat natural nos outros municípios onde ocorre. Dessa forma ações de proteção em toda sua extensão de ocorrência devem ser imediatamente tomadas. Atualmente a espécie é conhecida além de Boa Nova em outros 16 municípios: Brejões, Milagres, Irajuba, Jaguaquara, Maracás, Itiruçú, Lafaiete Coutinho, Jequié, Manoel Vitorino, Poções, Itororó, Itapetinga, Potiraguá, Itarantim e Itapebi todos na Bahia e Salto da Divisa em Minas Gerais.

  • Freire, B. S. (2008). 100 animais ameaçados de extinção no Brasil e o que você pode fazer para evitar. Ediouro.

  • Luiz, E. R. (2008). Reproductive notes on the Slender Antbird Rhopornis ardesiacus. Cotinga: 65-67.

  • Luiz, E. R. (2010) Distribuição geográfica, estratégia de forrageamento, densidade e estimativa populacional do gravatazeiro Rhopornis ardesiacus (Wied, 1831) (Aves: Thamnophilidae). Tese de Mestrado. Ecologia de Biomas – Universidade Federal de Ouro Preto.

  • Luiz, E. R., Santos, S.S., Flores, F.M., Zorzin, G., Ferreira, H.M, Camurugi, E., Carvalho, H.D.S. & Ribon, R. (2015) Geographic distribution, population size, conservation status and type locality of Slender Antbird Rhopornis ardesiacus. Cotinga 37:101 - 106.

  • Consulta bibliográfica sobre subespécies:

  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.

  • The World Bird Database, AVIBASE; http://avibase.bsc-eoc.org

  • del Hoyo, J.; et al., (2014). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona.

Referências

O período reprodutivo inicia logo as primeiras chuvas (novembro a dezembro), podendo estender até março. Nessa época os casais de territórios vizinhos costumam se aproximar uns dos outros de maneira mais constante do que o normal. Observou-se machos oferecendo alimento no bico de fêmeas, provavelmente um estímulo de corte. Constroem um ninho no solo, circundado por grande emaranhado de bromélias terrestres, reforçando a dependência da espécie por essa planta. O ninho tem o formato de uma tigelinha aberta rasa (2,7 cm de profundidade) com um diâmetro externo de aproximadamente 9 cm. É confeccionado principalmente com cascas de arvores e gavinhas. A postura do gravatazeiro é de dois ovos de cor róseo-claros com manchas vermelhas. Ambos os sexos realizam incubação dos ovos. Os filhotes nascem no mínimo 13 dias após a postura.

Casal de gravatazeiro

Ninho de gravatazeiro

gravatazeiro jovem

Ovo de gravatazeiro

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