Ver as fotos do canal Paco hoje e como era antes da implantação do sistema, nos remete ao mesmo problema hoje enfrentado pelos rios, lagos e canais do Estado de Pernambuco.

O problema, no caso de pernambuco, é a enorme indefinição de objetivos e métodos. Falta planejamento, capacitação, verba e, sobretudo, vontade política.

Outro fator que impressiona é o preconceito dos agentes públicos brasileiros face a tudo que é novo, ainda que não atenda a todos os requisitos pretendidos.

O sistema de aeração no canal, para introdução de bactéria, citado como um projeto exitoso logo acima, para se ter uma idéia do problema por aqui nuca foi testado. Até a Greenday tomar a iniciativa de recuperar e devolver a vida aos nossos rios e lagoas.  

Há uma confusão infeliz entre ecologismos, reacionarismo ideológico, preservacionismo ignorante e obscurantismo científico na sociedade brasileira, que contamina a postura de ambientalistas postados em funções de decisão na Administração. Essa confusão atinge Ministérios Pùblico, procuradorias, setores de fiscalização, de licenciamento e colegiados. 

Essa diluição de posturas pessoais e papéis institucionais gera indefinições, pereniza conflitos e judicializa qualquer iniciativa que procure desenvolver soluções criativas. 

Talvez, observando o que outros países emergentes têm conseguido, no campo da despoluição e recuperação ambiental, nossos dirigentes e operadores do direito percebam que o novo não morde, não fere, não polui e, pelo contrário, pode melhorar a vida do cidadão pernambucano.