A região da Mata Pernambucana é formada por 43 municípios, a quase totalidade de pequena população. As cidades com maior número de habitantes são Vitória S. Antão (131 mil), Goiana (76 mil), Carpina (75 mil), Palmares (64 ml) e Escada (60 mil).

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Dependente da cultura do açúcar, ainda hoje é uma região de extremas disparidades econômicas e sociais, heranças da época da escravidão.

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De um lado, os potentados senhores de engenho e usineiro, a classe rica, altamente concentradores de patrimônio e renda. De tão poderosos, chegavam a ditar a lei e a ordem em suias propriedades, até com o poder de vida e morte em suas mãos. Ainda hoje têm extrema influência na política de áreas de influência, “fabricando” levas de vereadores, prefeitos e deputados sob seu comando a cada eleição. Conseguem eleger govedrnadores, nomear ministros e até colocar pessoas em “tribunais de contas”.

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Do outro lado, abaixo de uma classe média reduzida, uma população extremamente pobre, que tem emprego em apenas 6 meses do ano (os da produção de açúcar), ficando desempregada nos olutros seis meses (os da “entressafra”).

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Para essa pobre camada, falta quase tudo (saúde, educação, habitação etc.). Até há pouco tempo, comer carne na refeição era quase impossível, como um sonho ou mesmo uma “subversão”, uma “ameaça” ao regime. E a prostitiuição continua alta e endêmica, com crianças e jovensde 12, 13 e 15 anos se prostituindo em busca de sobrevivência, por absoluta falta de condições dos pais até para alimentá-las. Mais que uma crise, um desastre social.

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A Zona da Mata compreende uma área que se estende à beira de todo o litoral do Estado, desde os limites norte, com a Paraíba, ao sul, com Alagoas. Foi a porta de entrada dos europeus em Pernambuco para a retirada de Pau-Brasil e, depois, a exploração da cana-de-açúcar sob o regime escravagista.

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A região é cortada por rios importantes do Estado, como os Capibaribe, Beberibe, Pirapama, Una, Ipojuca, Siriji e Tracunhaém, hoje com elevado grau de poluição, desde que as cidades e indústrias ainda despejam neles os seus dejetos. Até pouco tempo atrás era comum os engenhos e usinas de açúcar depejarem nos rios suas “caldas”, que chegavam a tingir de vermelho as águas do mar no litoral, mesmo em Recife, capital do Estado.

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A vegetação dominante era composta pela Mata Atlânrtica, que incluia árvores de médio e grande porte e gramíneas, habitada por uma riquíssimas fauna, uma importantíssima diversidade de animais. Hoje praticamente extinta, a Mata Atlântica deu lugar aos c anaviais e às àrea urbanas. E muitas de suas espécies animais entraram em processo de extinção. Um desastre ambiental.

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O clima é o tropical, A umidade do ar e as chuvas são elevadas. O índice pluviométrico acumulado anual chega a ultrapassar os 2.500 mm. Uma abundância que o homem não aproveita corretamengte, desperdiça e até estraga com a poluição.

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A pequena cidade de Goiana recebeu em 2011 a planta da maior fábrica FIAT do mundo. E a região receberá os respectivos fabricantes e fornecedores de autopeças.

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Pode ser uma alternativa de desenvolvimento para essa pobre região, a depender de como as questões ambientais serão tratadas.